El “amor de madre” y usos de normatividades de género: maternidad y esclavitud a través del caso de Narcisa en América Meridional (XVIII)

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.51349/veg.2025.2.07

Palabras clave:

América Meridional., Saberes normativos, Maternidad, Esclavitud

Resumen

Este artículo analiza la maternidad y la esclavitud en la América Meridional de finales del siglo XVIII a través del caso de Narcisa, una mujer negra esclavizada acusada de herir a un niño. Su procurador argumentó "amor de madre" como móvil, alegando que el padre del niño había agredido previamente al hijo de Narcisa. La maternidad, rol social femenino y cumplimiento del orden natural, contrastaba con la realidad de pobreza en la América portuguesa, donde las mujeres trabajaban para subsistir, involucrando a sus hijos. Las madres esclavizadas sufrían múltiples opresiones económicas, de género y raciales. No obstante, las fuentes revelan estrategias de estas mujeres para obtener beneficios propios o para sus hijos. El caso de Narcisa ejemplifica esto: el uso de normatividades direccionadas a las élites — como el "amor de madre" y sus valores cristianos implícitos — como un saber normativo argumentado de forma estratégica en beneficio de una mujer esclavizada.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

Badinter, E. (1986): O amor incerto: história do amor maternal do século XVII ao XX, Lisboa, Relógio D’água.

Biguelini, E. (2021): “No que toca à ama”: a maternidade nas cartas entre D. Leonor de Portugal e o Morgado de Mateus, Convergência Lusíada, vol. 32, 45: 64-83.

Blanco, M. M. (2017): Entre Luzias e Marianas: vivências familiares de mães solteiras escravas no mundo rural (Campos de Viamão, 1747-c.1760), en H. Costa; M. D. Hameister; R. dos S. Marques (eds.). Tecendo as suas vidas: as mulheres na América Portuguesa, São Leopoldo, Casa Leiria.

Candau Chacón, M. L. (2007): Disciplinamiento católico e identidad de género. Mujeres, sensualidad y penitencia em la España moderna, Manuscrits, Barcelona, 25: 211-237.

Dantas, M. (2016): Mulheres e mães negras: mobilidade social e estratégias sucessórias em Minas Gerais na segunda metade do século xviii, Almanack, 12: 88-104.

Del Priore, M. (1993): Ao sul do corpo: condição feminina, maternidade e mentalidades no Brasil colônia, Rio de Janeiro, José Olympio.

Del Priore, M. (1994): A mulher na história do Brasil, São Paulo, Contexto.

Duve, T. (2020): What is global legal history?, Comparative Legal History, vol. 8, 2: 73-115.

Duve, T. (2022): Historia del derecho como historia del saber normativo, Revista de Historia del Derecho, 63: 1-60.

Farge, A. (1993): Fragile lives: violence, power and solidarity in eighteenth-century Paris, Cambridge, Massachusetts: Harvard University Press.

Farge, A. (2009): O sabor do arquivo, São Paulo, Editora da Universidade de São Paulo.

Ginzburg, C. (2006): O queijo e os vermes: o cotidiano e as ideias de um moleiro perseguido pela Inquisição. São Paulo: Companhia das Letras.

Ginzburg, C. (2014): Mitos, emblemas, sinais: morfologia e história, São Paulo, Companhia das Letras.

Gomes, L. C. (2017), As forras e a luta pela autonomia na América portuguesa: produção agrícola e pequeno comércio urbano em Porto Alegre, décadas finais do século xviii, en H. Costa; M. D. Hameister; R. dos S. Marques (eds.), Tecendo as suas vidas: as mulheres na América Portuguesa, São Leopoldo, Casa Leiria.

Hespanha, A. M. (1994): Às Vésperas Do Leviathan: Instituições e Poder Político, Portugal – Séc. xvii, Coimbra, Almedina.

Hespanha, A. M. (2015): Como os juristas viam o mundo. 1550-1750: direitos, estados, pessoas, coisas, contratos, ações e crimes, Lisboa.

Hora, R. C. C. da (2022): Alforrias, relações de gênero e maternidade na cidade da Bahia em meados do setecentos. Afro-Ásia, 66:77-115.

Lopes, M. A. (2017): Estereótipos de “a mulher” em Portugal dos séculos XVI a XIX (um roteiro), em M. A. Rossi (ed.), Donne, Cultura e Società nel panorama lusitano e internazionale (secoli xvi-xxi), Viterbo, Sette Città.

Machado, C. (2008): A trama das vontades: negros, pardos e brancos na construção da hierarquia social do Brasil escravista, Rio de Janeiro, Apicuri.

Mantecón Movellán, T. (1996): Desviación, disciplina social e intervenciones judiciales en el Antiguo Régimen, Studia Histórica, Historia moderna, vol. 14.

Martins, R. (1995): História do Paraná, Curitiba, Travessa dos Editores.

Massuchetto, V.; Pereira, L. F. L. (2020): O rei como dispensador da graça: autos de livramento crime e cultura jurídica criminal em Curitiba (1777-1800), Tempo, 26, 1: 123-142.

Muchembled, R. (2012): História da violência: do fim da Idade Média aos nossos dias, Rio de Janeiro, Forense Universitária.

Paiva, E. F. (2017): Dar o nome ao novo: uma história lexical da Ibero-América entre os séculos xvi-xviii (as dinâmicas de mestiçagens e o mundo do trabalho), Belo Horizonte, Autêntica.

Silva, M. B. N. da (1993): Vida privada e quotidiano no Brasil na época de D. Maria I e de D. João VI, Lisboa, Editorial Estampa.

Silva, M. B. N. da; Bacellar, C. de A. P.; Goldschmidt, E. R.; Neves, L. M. B. P. (2009): História de São Paulo colonial, São Paulo, Editora UNESP.

Descargas

Publicado

03-07-2025

Artículos similares

<< < 5 6 7 8 9 10 11 12 > >> 

También puede Iniciar una búsqueda de similitud avanzada para este artículo.